Devemos comungar com o retrocesso?
A imagem acima é retrógrada, porém ressurge hodiernamente com as atitudes arcaicas que a população vem tomando.
Não estou aqui para justificar ou defender qualquer esfera que seja, mas, minha função é de tentar trazer a discussão dos últimos acontecimentos.
A principal ideia desse artigo é tentar despertar a consciência da humanidade para algumas atrocidades que vem sendo feitas ultimamente.
Certamente que o calor da emoção desperta sentimentos que comumente estariam adormecidos em outros momentos, mas é preciso ter muito cuidado com essa explosão que é acometida, para que com ela, não se cometa alguns exageros ou justiça com as próprias mãos.
Antigamente, os senhores de engenho, os fazendeiros, puniam os seus servos (escravizados), com as mais grotescas a severas formas de castigos, surtia algum efeito moral, pois os demais tinham medo de serem penalizados da mesma forma. Contudo, existiram servos que não se deixaram intimidar por esses castigos desumanos e enfrentaram sua realidade, se dispuseram a lutar por aqueles que não tinham essa capacidade, ou ainda coragem. E para que?
Hoje, estamos retrocedendo aos primórdios da humanidade, onde a forma bruta era a mais adequada, onde não havia diplomacia e tudo era resolvido na força, nos duelos, embates que só findavam-se com a morte de um dos combatentes.
Se repararmos bem a nossa volta, o rumo que a sociedade vem tomando é para o retrocesso! Exatamente assim, as ferramentas utilizadas no passado para inibir, amedrontar, castigar estão em alta novamente. Isso é um verdadeiro perigo! Pois, como antes, armas, amarras, o chicote estão nas mãos daqueles que detém o poderio financeiro e certo domínio político e social.
Vejamos que nada mudou!
O fator que difere os tempos é que à época dessas barbáries não se tinha apoio de algumas classes, o que havia eram membros que possuíam certa transição nos corredores dos poderes, mas que se iam de encontro ao interesse pessoal de seus maiores representantes, e dessas classes subdivididas dentro da esfera social politizada surgiu alguns defensores, até que irromperam barreiras e ganhou o vulto necessário para concretas mudanças.
Contudo, os estereótipos permaneceram firmes ao longo das “evoluções”, ainda hoje existe uma gama muito latente de um vivo preconceito. Corolário, severas penas que são específicas para classes e não para crimes, pois infelizmente se adequam as pessoas e não aos crimes que estas cometem.
É preciso que haja sim punição, mas que seja uma reprimenda sólida, fundamentada, concreta e que o fator determinante seja coibir novos crimes e socializar o individuo, não o punindo por permanecer a classes menos abastadas socialmente. Está errado!
As vias com as quais a sociedade está tomando para tentar segurar as rédeas dessa caótica situação que nos assola, está retrocedendo aos tempos do Império.
Existem medidas que precisam ser tomadas. Mecanismos de defesa a serem elaborados. Ferramentas mais eficazes e inerentes aos problemas que a sociedade está vivenciando.
É preciso evoluir, não retroceder.
Até a próxima!